em português
Moderators: kokoyaya, Beaumont
Bambino, vou tentar explicar usando a tradução directa:
POR QUE = por qual razão (qual motivo, qual causa)
Utilizada em perguntas directas e indirectas; em frases afirmativas/negativas e exclamativas... Exemplos:
a) Caso afirmativo:
“A razão por que (=por qual) eu disse isso, foi.. “ (zasto bas to nesto)
“Se pago, quero saber por que (motivo) pago”. (tacan razlog)
b) Caso interrogativo: “Por que (=por qual) motivo não me telefonaste?”
“Por que esperas?” ou “Que coisa esperas?” (tu se opet trazi konkretan odgovor)
PORQUE
a) conjunção causal: "Não saio, porque está a chover". (slozena recenica gde se objasnjava razlog - zato sto)
b) conjunção final. “Vou lá, porque quero!!” (opet slozena recenica: jer, posto)
c) interrogativo: “Porque não vens comigo?” (zasto)
ili - “Eis porque não concordo contigo.” (zasto, zbog cega)
“Por que foram ao tribunal? Porque tinham razão.”
PORQUÊ
Escreve-se porquê, quando é advérbio interrogativo ou é substantivo:
a) Advérbio interrogativo:
“ Andas triste, porquê?”
“Não vou mais a casa dele.” -“Ah!, não, porquê?”
“Porquê toda essa azáfama?”
b) Substantivo. É-o, quando significa causa, motivo, razão:
“Isso é assim, mas não sei porquê.”
“Precisamos de investigar o porquê dos acontecimentos.”
“É difícil achar respostas para todos (os) nossos porquês.”
POR QUÊ
As vezes utiliza-se também por quê.
Ontem ninguem apareceu, só Deus sabe por quê. (opet se trazi tacno definisan razlog, ali skoro uvek je na samom kraju recenice)
Quem viu - adorou. Não queres saber por quê?
Correr tanto p’ra quê?!
Ela é especial, sabes por quê?
Mais, a utilização de QUE e O QUÊ.
“Que dizes?” (sta kazes? -opste znacenje)
“O que dizes está certo.” (to (konkretno) sto si rekao je tacno)
“O quê é que tu dizes?” (ama o cemu ti to pricas?)
“Obrigado.” – “Não há de quê.” (nema na cemu)
Portanto:
“Porque é que perguntaste isso?” (zasto si bas to pitao)
“Porque não vieste cá ontem? “ (zasto nisi dosao juce?)
“Por que razão não vieste cá ontem?” (iz kog razloga nisi dosao juce?)
“Perguntaste isso, porquê?” (zasto si to pitao)
POR QUE = por qual razão (qual motivo, qual causa)
Utilizada em perguntas directas e indirectas; em frases afirmativas/negativas e exclamativas... Exemplos:
a) Caso afirmativo:
“A razão por que (=por qual) eu disse isso, foi.. “ (zasto bas to nesto)
“Se pago, quero saber por que (motivo) pago”. (tacan razlog)
b) Caso interrogativo: “Por que (=por qual) motivo não me telefonaste?”
“Por que esperas?” ou “Que coisa esperas?” (tu se opet trazi konkretan odgovor)
PORQUE
a) conjunção causal: "Não saio, porque está a chover". (slozena recenica gde se objasnjava razlog - zato sto)
b) conjunção final. “Vou lá, porque quero!!” (opet slozena recenica: jer, posto)
c) interrogativo: “Porque não vens comigo?” (zasto)
ili - “Eis porque não concordo contigo.” (zasto, zbog cega)
“Por que foram ao tribunal? Porque tinham razão.”
PORQUÊ
Escreve-se porquê, quando é advérbio interrogativo ou é substantivo:
a) Advérbio interrogativo:
“ Andas triste, porquê?”
“Não vou mais a casa dele.” -“Ah!, não, porquê?”
“Porquê toda essa azáfama?”
b) Substantivo. É-o, quando significa causa, motivo, razão:
“Isso é assim, mas não sei porquê.”
“Precisamos de investigar o porquê dos acontecimentos.”
“É difícil achar respostas para todos (os) nossos porquês.”
POR QUÊ
As vezes utiliza-se também por quê.
Ontem ninguem apareceu, só Deus sabe por quê. (opet se trazi tacno definisan razlog, ali skoro uvek je na samom kraju recenice)
Quem viu - adorou. Não queres saber por quê?
Correr tanto p’ra quê?!
Ela é especial, sabes por quê?
Mais, a utilização de QUE e O QUÊ.
“Que dizes?” (sta kazes? -opste znacenje)
“O que dizes está certo.” (to (konkretno) sto si rekao je tacno)
“O quê é que tu dizes?” (ama o cemu ti to pricas?)
“Obrigado.” – “Não há de quê.” (nema na cemu)
Portanto:
“Porque é que perguntaste isso?” (zasto si bas to pitao)
“Porque não vieste cá ontem? “ (zasto nisi dosao juce?)
“Por que razão não vieste cá ontem?” (iz kog razloga nisi dosao juce?)
“Perguntaste isso, porquê?” (zasto si to pitao)
Bambino: Vivo cá já quase 11 anos, mas é muito difícil aprender uma língua (sem tirar curso qualquer) , especialmente quando ninguem te quer corrigir. Se calhar o Ludwik não vai concordar comigo, mas há imensa gente (portuguesa) que é quase analfabeta, mesmo tendo licenciaturas. Como já disse, aqui no Algarve vive muita gente estrangeira, e o português falado é.. podes imaginar. Mas, desde que a gente se percebe, ninguem corrige ninguem.
Não, bem ao contrário! Nunca ninguem soube dizer-me isto como deve ser.
No entanto, por que é que se diz: "basta comparar as diferenças de vencimentos com Espanha para cair em depressão..."., ou "Aquela esposa da (...) que deixou o marido a dormir no pombal só porque ele lhe apareceu em casa..." .
Porque “em depressão”, e não “numa depressão”?
Cá está uma outra coisa que nunca percebi:
«Se estivesse melhor disposta, ia lá.» ou «Se estivesse melhor disposta, iria lá.»
«Se eu fosse a ti, eu lhe dizia..» ou «Se eu fosse a ti, eu lhe diria..»
Qual versão é correcta, e porquê?
E, já agora.. Não pares de nos corrigir, mas de vez em quando manda qualquer elogio,
senão ... ainda fujo!
Ludwik wrote: Tenho um carro (não definido, não específico)
Mas com coisas como "verdade" ou "certeza", parte-se do princípio que são coisas absolutas. Não se tem "uma" certeza e não se sabe "uma verdade". Portanto é necessário o artigo definido: Tenho a certeza. Sei a verdade.
Acho que ainda te confundi mais...
Não, bem ao contrário! Nunca ninguem soube dizer-me isto como deve ser.
No entanto, por que é que se diz: "basta comparar as diferenças de vencimentos com Espanha para cair em depressão..."., ou "Aquela esposa da (...) que deixou o marido a dormir no pombal só porque ele lhe apareceu em casa..." .
Porque “em depressão”, e não “numa depressão”?
Cá está uma outra coisa que nunca percebi:
«Se estivesse melhor disposta, ia lá.» ou «Se estivesse melhor disposta, iria lá.»
«Se eu fosse a ti, eu lhe dizia..» ou «Se eu fosse a ti, eu lhe diria..»
Qual versão é correcta, e porquê?
E, já agora.. Não pares de nos corrigir, mas de vez em quando manda qualquer elogio,
senão ... ainda fujo!
Já disse antes que tanto tu como o Bambino falam português bastante bem!Sanya wrote:E, já agora.. Não pares de nos corrigir, mas de vez em quando manda qualquer elogio,
senão ... ainda fujo!
Especialmente tu, que já estás no nível mais avançado. É excelente. Sou minucioso a corrigir especialmente por causa disso!
Poderias dizer "numa depressão", o sentido era idêntico. É tudo uma questão de estilo. Saber o que soa bem ou o que soa mal é uma questão de ouvido... suponho que na maior parte das vezes não haja nenhuma regra específica...Sanya wrote:No entanto, por que é que se diz: "basta comparar as diferenças de vencimentos com Espanha para cair em depressão..."., ou "Aquela esposa da (...) que deixou o marido a dormir no pombal só porque ele lhe apareceu em casa..." .
Porque “em depressão”, e não “numa depressão”?
"Em casa" é uma expressão que significa algo como "at home". Usa-se sem artigo com a nossa própria casa.
Estou em casa = I'm at home E NÃO Estou na casa
A Maria está em casa = Maria is at home
As duas formas estão correctasSanya wrote:Cá está uma outra coisa que nunca percebi:
«Se estivesse melhor disposta, ia lá.» ou «Se estivesse melhor disposta, iria lá.»
«Se eu fosse a ti, eu lhe dizia..» ou «Se eu fosse a ti, eu lhe diria..»
Qual versão é correcta, e porquê
O Futuro ("Eu comerei") e o Condicional ("Eu comeria") são mais usados na linguagem escrita e/ou formal. Na linguagem falada, as pessoas preferem usar o Futuro Simples ("Eu vou comer") e o Imperfeito ("Eu comia").
Não há diferença entre os dois, senão que em geral um é mais formal e outro é mais coloquial. Quando se fala é mais comum dizer "Gostava de" e quando se escreve é mais comum dizer "Gostaria de...".
Há ainda o chamado "Imperfeito de Cortesia", como por exemplo em:
"Queria um copo de água"
que neste caso é igual a:
"Quero um copo de água"
e não "Quereria um copo de água".
Usa-se o Imperfeito em vez do Presente, porque no presente "Quero...", parece que se está a dar uma ordem/exigir algo.
Vamos às correcções?
Já está. Viste, foram poucos erros desta vez!
Vivo cá há já quase 11 anos
desde que a gente se perceba
ninguém
Bem -> melhor. Estás certa. Mas aqui não estás a fazer o comparativo de "bem" mas de "bem-disposta", que é um adjectivo regular. Então diz-se "mais bem-disposta".Se estivesse mais bem-disposta
O "eu" é redundante. O pronome vem atrás do verbo.Se eu fosse a ti, dizia-lhe/diria-lhe
Já está. Viste, foram poucos erros desta vez!
A palavra não estava no plural ? Porque esse "e" é adicionado no meio da palavra quando esta vai para o plural.Sanya wrote:Trata se de dizer o diminutivo de palavra FLOR.
Pequena Flor, ou florzinha ou florezinha..
Enquanto estudava português, num livro encontrei: flor + z + inha, em que -inha é um sufixo, e -z- um fonema de ligação. Mas, num outro livro diziam: flor + zinha, em -zinha é um sufixo. No entanto, já li algumas poemas onde estava escrito "florezinha". Será isso "liberdade literária dos poetas"?
Flor > Florzinha > Florezinhas (tem o "e" porque é diminutivo de florEs)
similarmente:
colar > Colarzinho > Colarezinhos
mulher > mulherzinha > mulherezinhas
Mas florezinha não existe.
Leo
Sanya wrote:Ludwik wrote: Tenho um carro (não definido, não específico)
Mas com coisas como "verdade" ou "certeza", parte-se do princípio que são coisas absolutas. Não se tem "uma" certeza e não se sabe "uma verdade". Portanto é necessário o artigo definido: Tenho a certeza. Sei a verdade.
Acho que ainda te confundi mais...
Não, bem ao contrário! Nunca ninguem soube dizer-me isto como deve ser.
Apenas apontando o que eu acredito ser uma possível diferença entre português brasileiro e português lusitano, no Brasil usamos mais "Tenho certeza" do que "Tenho a certeza". Na minha opinião a segunda é a correta, mas aqui no dia-a-dia usa-se somente a primeira.
Como já te disse, é fantástico. Continua!bambino wrote:Sim, mas eu jamais provei um curso. Tenho "aprendido" o português sozinho...há três meses....podem imaginar como é....bem, podem vê-lo aqui.
Bem, falta ouvir-te
Não sei... A palavra "mulherezinhas" soa-me algo esquisito..Leonardo wrote:A palavra não estava no plural ? Porque esse "e" é adicionado no meio da palavra quando esta vai para o plural.
Flor > Florzinha > Florezinhas (tem o "e" porque é diminutivo de florEs)
similarmente:
colar > Colarzinho > Colarezinhos
mulher > mulherzinha > mulherezinhas
Mas florezinha não existe.
Leo
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Bolje izgovaram nego što pričam. Uz knjigu se dobiju i 4 kazete, tako da sam prije apsolvirao europsko-portugalski izgovor, nego glupu gramatiku.Como já te disse, é fantástico. Continua!
Bem, falta ouvir-te
Sve u svemu, puno ti hvala na komplimentima...
Najgore su mi zamjenice koje se kelje na glagole s crticom, pa se ponekad gubi zadnje slovo, samoglasnik dobije akcent i tako to...
Bok!
Super ono...što ste spali na to da vam sada ja moram tu odgovarati...jâd i bijeda...želim vam više uspjeha u radu...by: Ja
Olá! Cá está mais uma pessoa para se juntar a nós. Se calhar poderás ajudar o Ludwik a corrigir os nossos erros e tirar as dúvidas.Miguel wrote:epá acabo de descobrir estas mensagens todas, que alegria !!!!!
continuem !!!
Pois, bem.. Quem vai explicar-me as regras de construção de: "à, às, ao, aos"?
Bambino, menino, fala português!
Nemas se sta zahvaljivati na komplimentima, super ti ide, a ovaj tip zaista mnogo zna o jeziku.
Hmm... mais especificamente queres saber o quê?Sanya wrote:Quem vai explicar-me as regras de construção de: "à, às, ao, aos"?
à = a (preposição) + a (artigo definido feminino singular)
às = a (preposição) + as (artigo definido feminino plural)
ao = a (preposição) + o (artigo definido masculino singular)
aos = a (preposição) + os (artigo definido masculino plural)
Ou não é isto...?
Bem, a razão é mesmo essa... quando se tem a preposição "a" seguida de um dos artigo definidos, ela contrai-se. Tal e qual como em+o = no, por exemplo.
Dar <algo> a <alguém>
Dou <o dinheiro> a <a Maria> [a+a = à], logo Dou o dinheiro à Maria
Ir a <algum lado>
Vou a <a casa da Maria> [a+a = à], logo Vou à casa da Maria
Mas:
Vou a Lisboa (Lisboa não tem artigo)
Vou ao Porto (é 'o Porto')
Vou à Madeira (é 'a Madeira')
Depois há também expressões em que não é tão fácil indentificar: à parte, à vontade, à força, ao contrário, ao meio, ao almoço, etc
Por isso, para bem usar isto é preciso saber 2 coisas:
1) Onde se usa a preposição "a" (que verbos, expressões, etc.)
2) Quais os artigos que os substantivos que vêm a seguir têm
Mas pelo menos em Portugal à e a pronunciam-se de maneira diferente por isso é muito fácil saber quando é um ou outro.
Continuo sem saber muito bem se era isto que querias...
Dar <algo> a <alguém>
Dou <o dinheiro> a <a Maria> [a+a = à], logo Dou o dinheiro à Maria
Ir a <algum lado>
Vou a <a casa da Maria> [a+a = à], logo Vou à casa da Maria
Mas:
Vou a Lisboa (Lisboa não tem artigo)
Vou ao Porto (é 'o Porto')
Vou à Madeira (é 'a Madeira')
Depois há também expressões em que não é tão fácil indentificar: à parte, à vontade, à força, ao contrário, ao meio, ao almoço, etc
Por isso, para bem usar isto é preciso saber 2 coisas:
1) Onde se usa a preposição "a" (que verbos, expressões, etc.)
2) Quais os artigos que os substantivos que vêm a seguir têm
Mas pelo menos em Portugal à e a pronunciam-se de maneira diferente por isso é muito fácil saber quando é um ou outro.
Continuo sem saber muito bem se era isto que querias...
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